terça-feira, 31 de março de 2009

A reter nos favoritos

Para quem gosta de criatividade.
Publicidade.
Branding.

Design.

...................a nao perder.
Ji lee

Feicfidh mé thú

sábado, 28 de março de 2009

Fala-me a cantar

Aqui fica um possível alinhamento de uma noite num qualquer pub em Cork:

Kings of Leon - Sex on fire



Não consigo lembrar-me de frase mais parva para se cantar aos berros!

The Script - The man who can't be moved



Beatles - Hey Jude



Michael Jackson - Billie Jean



Alien Ant Farm - Smooth Criminal



Prince - Kiss



Tudo isto pelo meio de Shakiradas, Bombas e outras relíquias. No final de contas, e retirando os clássicos, salva-se e recomenda-se Vampire Weekend, aqui no giradiscos com A-Punk.



Feicfidh mé thú

sexta-feira, 27 de março de 2009

I hear you

I totally hear you.

Feicfidh mé thú

Jade Goody: uma vida em frente da câmara

Imagino que todos estejam actualmente familiarizados com a figura de Jade Goody. Eu não estava antes de vir para a Irlanda e só após uma ilucidativa reportagem do Público fiquei a perceber quem era a aquela personagem que nos invadia a televisão e tomava de assalto as capas de todos os tablóides e revistas. Não há muito para dizer sobre Jade, pelo menos muito que seja segredo e que não tenha sido vivido em frente a uma câmara de televisão. Ela fazia parte daquela que será, para mim, uma das principais crews do século XXI: pessoas que nunca fizeram nada de especial na vida e que se tornam famosas por se exporem na televisão. Uma inglesa comum que não era uma personagem particularmente interessante, não era especialmente inteligente, não era muito culta, fazia comentários racistas e polémicos. No entanto, quando morreu a revista OK resolveu fazer esta capa:

Expôs-se em vida no programa Big Brother, onde ficou famosa pelas calinadas. Expôs-se até à morte neste passado domingo, resultado de complicações de um cancro. Diz-se que o fez para conseguir juntar um pé-de-meia interessante para os dois filhos que deixa. E aqueles que a elevaram ao estatuto de estrela internacional, fizeram-no porquê?

Feicfidh mé thú

Mais vale tarde que nunca

O desfile está marcado para a uma da tarde e por volta do meio-dia já as ruas se emparedam de pessoas. Entre as grades e as cadeiras, a multidão verde acorre ao balcão mais próximo para agarrar a sua cerveja. Se calhar ainda há tempo de ir ao dinner da esquina comprar um menú de frango frito e batatas para forrar o estômago. A única ida à casa-de-banho que se aceita a esta hora é para esvaziar a bexiga, porque nós aqui na Irlanda não somos meninas. Mas tenho de ter cuidado com a tinta da cara, não quero que o laranja, verde e branco se misturem antes das fotografias da praxe, e este chapéu que não fica quieto com o vento que se faz sentir esta tarde em Cork! Graças a Deus que está sol, não aguento mais um ano a ver a parada à chuva!

Que horas são afinal. Meia hora. Olha para aquele grupo de miúdas?! Têm para aí treze anos e já têm mais carne à mostra que cérebro. Ui detectaram-me, já vêm a caminho para me cravar um cigarro. "Pega lá o fag, mas devias deixar-te disso, és muito nova."
Já perdi o meu lugar junto à grade, que chatice! Vou até à margem do Lee, se calhar consigo encontrar um buraco para espreitar os grupos que já se afilam do outro lado. Aproveito e espreito as barraquinhas do Barry's Tea Food Market, a dieta fica para amanhã e talvez compre um pouco daquele fudge de chocolate e menta. delicioso...

O desfile já começou e lá vêm os grupos, a ver se há novidades. Um dragão de 40 pés, o grupo de samba do Professor Gaúcho, os filipinos tão animados com a sua percussão. Vêm também os miúdos com as bolas de basquetebol e futebol. Continuo sem perceber porque alinham na marcha! Bandas de música, escolas de línguas, crianças mascaradas a correr e grupos de teatro. Agora vêm os maluquinhos a rezar o terço.

Sinceramente isto dos desfiles de Carnaval só mesmo no Brasil, que aqui não há nada para ver.

Nunca mais acaba, quero mas é ir para um pub e beber toda a tarde.


Vou-me já pôr a caminho, antes que os homens da limpeza entrem ao serviço. De facto, a rua já ganhou nova cor com esta cobertura de papel, comida, bebida, latas e chiclets, felizmente já vejo o Old Oak além, acho que há música ao vivo hoje de tarde. Vêm as miúdas outra vez. Outro cigarro?! Vai mas é para o c******!













PS: esta é a descrição que eu poderia ter feito se tivesse visto o desfile. Como sabem estava dentro da própria parada a tentar fazer o grupo indiano andar mais depressa com os seus vestidos unisexo travados.


Feicfidh mé thú

quinta-feira, 26 de março de 2009

Hoje vou a esta


Hoje la estarei no Crane Lane para esta festa. Devo dizer que a descricao me ganhou quase no primeiro paragrafo. Aproveito para aconselhar este espaco a todos aqueles que um dia se percam e venham ter a Cork.



Boutique Baroque
'A sinister celebration of Darque Burlesque with live vaudeville ROCK music, risqué dance and all manner of gloomy eccentricities'. Ever wondered what would happen if you mix any Tim Burton film with the Rocky Horror Picture Show, add some Pixies rock and Ziggy Stardust glam and give it all a spin with a naughty burlesque twist?

The result is the birth of a magical, mysterious and melodramatic Boutique BaROQUE! On Thursday March 26th in Cork's Crane Lane Theatre, an extraordinary selection of obscure artists will provide all night entertainment that will leave you quiver with delight for days. Black Sookie from Northern Ireland is going to hypnotise you on to the dancefloor with their Acid Big-Band, Boneyard Boogie and Vaudeville Swing Rock. Think Ed Wood and Bugsy Malone dancing the Charleston in Kazakhstan and you're almost there! At midnight the demons come out with Dj Savage Mantle, playing a dark but danceable mix of The Smiths, Joy Division and The Cure, to name but a few. In the meantime, Augustus is going to astonish you with his creepy contortion act, while your darkest desires will be triggered by our femmes fatales Miss Sparky, The Flintstones and Lady Von Envie. Also don't forget to keep your sins for confession with Sister Fellatia Polyramia as her helpers Cruella de Laceration, & Irishisis will surely know how to administer the appropriate penance! Hosted by the devilish Ms Dahlia Rose & Harold Offeh, there will never be a dull moment! Dress to impress and rock the night away in your black corset, kinky boots, KISS make-up and snake leather pants. Discover your darque side!

PS: Nao se assustem, juro que nao tenho calcas com padrao pele de cobra...

Feicfidh mé thú

A frase

"É o que dá viver sempre em guerra. Os israelitas no Club Med não se dão com ninguém, andam sempre em colonato de um lado para o outro."

José de Pina in Twitter


Feicfidh mé thú

terça-feira, 24 de março de 2009

Claro...claro...

Talk to the hand, 'cause I'm in my Actimel bubble.

Don't know.
Don't care.
Not listening.

Feicfidh mé thú

segunda-feira, 23 de março de 2009

Um aplauso ao empreendedorismo português

Não resisti a partilhar esta informação convosco, a história de uma cadeia de restaurantes de shopping com temática portuguesa. Pensam vocês sobre que maravilhosos petiscos estarão a ser espalhados por esse mundo fora. Receitas de bacalhau? Doces conventuais? Cozido à portuguesa? Pois claro que não, e difícil seria encontrar algo mais típico do que a nossa chicken peri-peri!!! Confesso que ainda demorei uns minutos para perceber que se referiam a pito de churrasco com molho de piri-piri, mas se calhar foi porque fiquei perdida na lista de sobremesas, onde encontramos essa iguaria tão portuguesa: a tarte de coco! Shame on me, que me tinha esquecido como os coqueiros abundam nas nossas paisagens.

O Nando's ao que parece é um sucesso por terras britânicas e irlandesas, certamente muito por força do poder milagreiro da sua mascote: um renovado Galo de Barcelos.

Moral da história: meus amigos não há segredos a serem descobertos na Europa, tudo é Barcelos (ponto final parágrafo).

Feicfidh mé thú

A ter no iPod

Há assuntos sobre os quais me nego à imparcialidade. Antony and the Johnsons é, desde há algum tempo, uma dessas matérias sobre as quais não tenho uma visão distanciada. Uma figura controversa e ambígua, que, como qualquer génio, nasceu com o dom de Midas, essa capacidade de transformar em ouro tudo aquilo em que toca. A sua última pérola, na qual estou absolutamente viciada, dá pelo nome de Crying Light e é o mote para a tournée mundial de 2009, com paragens em Porto, Lisboa e Braga.

Aqui deixo umas das minhas faixas favoritas e que me põe sempre bem-disposta: Epilepsy is dancing, num vídeo que, ainda que não gostemos, não nos deixa indiferentes, tal qual Antony Hegarty...




Ps: Qualquer semelhança entre o videoclip e Ophelia de Millais provavelmente só existe na minha cabeça.


Ps2: Já devidamente acentuado para a Flá.

Feicfidh mé thú

domingo, 22 de março de 2009

Ora toma que já almoçaste

É nisto que dá o choque tecnológico e subsequente desinvestimento na área de letras e línguas. Aposto que eram excelentes alunos a português técnico.

Feicfidh mé thú

Becoming Irish

Tenho falhado um pouco nas actualizações deste espaço, pois, como diria qualquer verdadeiro irlandês, "I've been very busy". Ainda que não tenha estado a fazer nada de especial, ainda que tenha tido mais que tempo para escrever, eu, como eles, tenho de estar sempre muito ocupada. Aprendam comigo que eu não duro sempre, esta frase é um MUST no vocabulário de qualquer emigrante que se prepare para vir para as verdejantes planícies da Éire.

O irlandês está sempre very busy quando, numa reprografia ao lado da Universidade, demora dez minutos a imprimir um poster, ainda que, se tivesse pousado o copo de chá por apenas dois segundos, conseguisse mexer no computador com outra eficiência; quando atende o telefone para que lhe possamos colocar duas questões para um artigo que estamos a escrever, apesar de estar em baixa de maternidade; quando está no escritório, em horário de trabalho, e recebe visitas de possíveis clientes. É uma forma de estar engraçada a dos povos destas terras. Levam a vida com uma calma quase alentejana, embora em discurso não se poupem às frases e expressões alfacinhas.

A comparação com Porto é inevitável, visto Cork tratar-se da segunda maior cidade do país, ainda que pouco verosímil dada a acentuada diferença de ritmo. Aliás, a única semelhança que conseguimos encontrar com a bela Invicta é a "street fashion" que, a cada esquina, nos lembra a Ribeira. Roupas que se parecem com pijamas, argolas exageradas em rostos bem maquilhados e molas no cabelo que enfeitam os fatos-de-treino de domigo. Só falta o palavrão na ponta da língua..... ai as saudadinhas do Porto.

Feicfidh mé thú

sábado, 14 de março de 2009

St Patrick's Festival

Depois da experiência Cork French Film Festival, segue-se o voluntariado no St Patrick's Festival. A ver como me desenrasco a orientar as 360 pessoas da minha secção.

A propósito, começam hoje as festividades...

Feicfidh mé thú

quinta-feira, 12 de março de 2009

A frase do mês

"Quando passeio na rua tenho a sensação que as Spice Girls só podiam ter saído das Ilhas Britânicas!"

Créditos à L. que tão bem resumiu o sentido de moda das adolescentes de Cork, aparentemente vidradas em todo o artigo que brilha, mostra a barriga ou inclui cores fluorescentes...

Feicfidh mé thú

Esta semana lembrei-me de ti...

Filhota esta semana enquanto passava ao largo do Marks & Spencer lembrei-me de ti...ou devo dizer de nós.
Duas jovens com cabelos bem armados com laca gabavam a montra: Isn't that absolutely faaaabulous!!! A única coisa que faltava era o Champgne, certamente escondido na carteira....


Um abraço...

Feicfidh mé thú

terça-feira, 10 de março de 2009

A volta?

E com tristeza que vejo o retornar da violencia a Irlanda do Norte, situacao que tenho acompanhado pela imprensa portuguesa. Ainda por cima a tao pouco tempo das comemoracoes do St Patricks Day.

Depois de alguns anos de paragem na luta armada parecia impossivel que os ataques terroristas e assassinatos pudessem voltar a Eire. Sinais da crise?

Feicfidh mé thú

segunda-feira, 9 de março de 2009

As 5 coisas que precisas de saber antes de ires a um pub

É comum dizer-se que antes de partirmos para qualquer lado devemos procurar saber alguma coisa sobre a cultura e os hábitos locais. A verdade é que nem sempre é fácil encontrar fontes de informação sobre locais classificados como pouco interessantes no panorama do turismo mundial. Sendo assim, cumpro aqui o meu dever de serviço público deixando uma lista de coisas a ter em conta antes de uma saída à noite na Irlanda:

1. Nunca jantar a horas normais, porque depois já só se sai de casa às 11horas, o que é praticamente o equivalente às 3 da manhã portuguesas;

2. Levar identificação sempre no bolso, porque quando se mede pouco mais de metro e meio ninguém acredita que temos mais de 21 anos;

3. Ter cuidado ao passar ao lado de uma irlandesa com um copo na mão e abrir um grande corredor quando elas querem ir à casa-de-banho. Isto se quiserem manter a vossa integridade física.

4. Saber uma musiquita dos Beatles na ponta da língua, pois nunca se sabe quando no final da noite toda a gente se junta em uníssono para um Hey Jude.

5. Perceber que pint se pronuncia "pãet".

Feicfidh mé thú

Turistas por uma tarde

Um mês depois da chegada a Cork fazia sentido fazer a primeira visita digna do nome turística à cidade que tão bem nos tem acolhido. O objectivo era descobrir o Blackrock Castle, situado a alguns quilómetros do centro da cidade. Claro está que sair de casa a um domingo antes das 3 da tarde é coisa impossível para duas jovens tão ocupadas como nós e, verdade seja dita, também não se compreende que as coisas tenham todas de fechar portas às cinco da tarde! No final de contas, e apesar das igrejas estarem todas encerradas neste que é o dia de descanso do Senhor, a tarde foi bem passada no gelado lado Norte da cidade, onde por entre os pubs se descobrem as lojas polacas, africanas e indianas (vulgo lojas dos "pipi" cents, entenda-se fifty cents em inglês com sotaque oriental).

Aqui ficam os impressionantes registos, bem demonstrativos do meu talento para a fotografia.

Ainda no centro, a minha rua favorita de Cork

Um mural nicaraguano, pintado numa das paredes exteriores da galeria Triskel, só para fazer inveja a quem não sente um sol quente há tanto tempo.

Uma vista sobre o Lee
Uma igreja qualquer

Esta não precisa de legenda

O café oferecido no pub com imagens dos Beatles

A movimentada rua St Patrick
Feicfidh mé thú

Snowy Cor

Porque quem mora em Guimarães não está habituado a estas intempéries, aqui ficam as imagens de Cork com neve.

Vista da janela do corredor, logo ao acordar.

A caminho do trabalho há sempre tempo para tirar uma foto

Ou duas...

... ou muitas e depois chegar atrasada ao local de estágio.

Feicfidh mé thú

quarta-feira, 4 de março de 2009

Let it snow

Hoje acordei com a neve a bater a porta... Por isso partilho convosco:



Feicfidh mé thú

terça-feira, 3 de março de 2009

Vermes espectaculares

Um abraço ao Bruno, oriundo de terra com minhocas tão especias...

Feicfidh mé thú

Afinal sempre é verdade

Começo a ter saudades do sol...

Alguém quer contribuir para a causa?

Feicfidh mé thú

A crise irlandesa

Parece impossível nos dias de hoje estar num sítio sem ouvirmos repetidas vezes a palavra crise. A Irlanda, como é óbvio, não representa uma excepção neste ambiente de caos e medo global. Como tal, tão certo como não há conversa nenhuma que se inicie sem se abordar os enormes benefícios e vantagens de beber diariamente uma Guiness, não há paleio que não termine em lamúrias sobre a economia global.

Não posso dizer que não estava à espera de um tal cenário quando saía de terras lusas. A verdade é que, poucos dias antes de partir de Portugal, os telejornais noticiavam que a Irlanda era um dos países onde se sentia a eminência de uma falência do Estado.

Numa rápida volta pelo cento de Cork vejo: as lojas cheias, os cafés e lojas de comida a laborar a todo o vapor, os pubs com considerável afluência diária de clientes para os seus pints de 5 euros, os mercados e supermercados a fervilhar. Não digo que a situação não é séria. O desemprego cresce, principalmente nas camadas mais jovens, as pessoas começam a sentir as primeiras dificuldades no pagamento das prestações das casas, os preços, dizem-me, subiram em flecha, as empresas passam dificuldades; no geral a economia irlandesa ressente-se da sua grande dependência face aos EUA.

No entanto, não posso deixar de comentar que o que vejo aqui é uma realidade de todos os dias do Portugal dos útimos 4/5 anos.... Das duas uma: ou nós temos um Estado com uma capacidade de resistência inominável a tempos díficeis ou então sou eu que não percebo, com a devida propriedade, as análises económicas da imprensa portuguesa.

Inclino-me mais para a segunda, pois como toda a gente sabe eu é mais croissants...

Feicfidh mé thú

segunda-feira, 2 de março de 2009

Apontamento para memória futura

Pintar o cabelo de loiro para deixar de ser confundida com italianos e espanhóis. Pesada herança esta, a da invisibilidade lusa... Porca miséria!!

Feicfidh mé thú